Após o lançamento de mais um álbum de Arctic Monkeys, a discussão
volta a lançar-se, qual o melhor álbum da discografia dos rapazes de Sheffield?
Será o álbum que os propulsionou para uma nova dimensão de popularidade, o AM?
Será o primeiro, e lendário álbum de indie-rock, Whatever People Say That I am,
That’s What I am Not? Ou o clássico de culto de 2009, Humbug?
O que se segue não responde a esta questão, mas expõe a minha
opinião relativamente ao tema, e a minha opinião geral relativamente aos 6
álbuns da discografia dos Macacos Do Ártico. Comecemos então.
6º AM
Estávamos no inicio de 2012, quando sem aviso os Arctic Monkeys
lançam a primeira faixa de AM (por essa altura nem sequer anunciado), “R U Mine”,
por esta altura estava eu, no meu 12º ano, antes do inicio de uma aula de
aplicações informáticas, com o PC da escola acabado de ligar e os meus fones
conectados no PC. Ora, nesta situação, e visto que a aula ainda não tinha
realmente começado, decido que há tempo para ouvir uma musiquinha. Obviamente
que pesquiso a minha banda favorita por aqueles tempos no youtube, Arctic
Monkeys claro, e sou surpreendido com uma faixa nova, acaba de postar e que
ainda nem tinha as lendárias 365 visualizações, chamava-se “R U Mine” e
obviamente na altura fui blown away
por tamanha rockalhada. Ainda com os últimos B-sides na cabeça (nomeadamente a
fantástica “You and I”), e depois reforçado pelo B-side desta “R U Mine”,
“Electricity”, acabei por desenvolver um hype
gigantesco por este álbum.
Avancemos uns meses, na realidade avancemos mais de 1 ano, o
momento chegara, o novo álbum estava a caminho e temos o lançamento de “Do I
Wanna Know”, bem uma faixa de rock que se percebeu rapidamente que ia ser um
hit gigantesco, um riff orelhudo, um som que ficava na cabeça, e de repente os
Arctic Monkeys estavam a explodir (ainda mais) e o meu hype ainda estava lá.
Entretanto, já a iniciar o meu segundo ano de faculdade finalmente
saí o álbum e… Foi uma enorme desilusão, desde o inicio, O álbum até começa
bem, com as faixas mais fortes concentradas, “R U Mine”, “One For The Road” e
“Arabella” oferecem um começo forte, mas na realidade começa a notar-se um
padrão, as faixas não são propriamente arrojadas, existe um claro piscar de
olho ao Mainstream a um publico mais geral e ao rock mais genérico o que por si
só não é propriamente mau. Porém quando temos faixas como “Why’d You Only Call
Me When You’re High”, um claro piscar de olhos a um mercado de consumo
imediato, entrando em território de bandas como Imagine Dragons, aí, na minha
opinião, existe uma perda de qualidade que irá aparecer imediatamente
associado. Além das mais faixas como “Mad Sounds”, “I Want it All” e “Fireside”
acabam por ser das menos relevantes da discografia da banda, sendo que a
primeira é talvez a balada mais genérica da banda. Por fim, em “Knee Socks”,
Josh Homme entra em ação acabando por dar um toque mais interessante a esta
faixa. “Snap Out Of It” é uma faixa interessante, embora ter sido um single
acabe por ser apenas uma forma de espremer o sucesso do álbum e “I Wanna Be
Yours” acaba por ser um aproveitamento muito interessante de um poema do “poeta
punk”, que Alex Turner é um confesso admirador, Dr. John Cooper Clark.
No fundo talvez eu seja demasiado duro com este álbum, talvez
ainda hoje sinta os efeitos de ter entrado demasiado no Comboio do Hype em
2012, talvez ter associado o lançamento deste álbum com o de outro álbum que
também me desiludiu, Refkeltor dos Arcade Fire (que entretanto cresceu bastante
em mim), também não tenha ajudado, mas a verdade é que o AM é o álbum que menos
consigo apreciar na discografia de Arctic Monkeys.
Melhores
Faixas: “R U Mine” “One For The Road” “Knee Socks”
Pior
Momento: “Why’d You Only Call Me When You’re High”
5º Suck it And See
Tinha descoberto Arctic Monkeys há pouco tempo quando é lançado
este Suck It And See, sendo que acabo por associar bastantes destas faixas aos
meus tempos de secundários, onde me comecei a interessar verdadeiramente por
música mais alternativa, e onde vivi a minha fase de fã cego de Indie-Rock.
Logo, obviamente, adorava este álbum por esses tempos, os pontos de comparação
não eram tantos como na atualidade, muito menos o range de música que ouvia.
Porém já por essas alturas achava o Suck It And See um pouco abaixo do resto da
bibliografia dos Arctic Monkeys.
Ainda hoje quando penso em Suck It and See, o que me vem a cabeça
é o mesmo, baladas. São de facto as baladas que mais marcam presença neste
álbum, “Suck It And See”, “Black Treacle”, “Reckless Serenade” e “Love is a
Laserquest” são alguns exemplos. Porém, para mim, os momentos mais
interessantes do álbum aparecem quando as guitarras elétricas se fazem sentir
em maior força “Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair” com uma guitarra
distorcida a marcar presença e a destacar claramente a faixa entre o resto do
álbum, a super acelerada “Library Pictures”, um favorito ao vivo, que é quase
como uma pequena montanha russa no meio do álbum e a “All My Own Stunts” com os
seus solos de guitarra, que acabam por fazer o meio deste álbum bastante
interessante.
No que toca as faixas mais calmas, “Black Treacle” é uma que
relembro com particular nostalgia, assim como “Piledriver Waltz”, que está na
soundtrack de um dos meus filmes favoritos, “Submarine” (cuja OST esteve a
cargo de Alex Turner).
Por outro lado, faixas como “The HellCat Spangled Shalalala” e
“Reckless Serenade” são das menos interessantes da discografia da banda.
No fim, Suck It And See é um álbum interessante, mas que acaba por
parecer um patamar abaixo da discografia anterior da banda, sendo talvez o
álbum mais “low-Key” da banda em todos os sentidos. Fica assim com o meu 5º
lugar.
Melhores
Faixas: “Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair” “Library Pictures”
“All My Own Stunts”
Pior
Momento: “The Hellcat Spangled Shalalala”
4º Favorite Worst Nightmare
Quando conheci Arctic Monkeys já o Favorite Worst Nightmare tinha
saído há uns anos, portanto, não existe aqui aquela típica experiência de gostar
do primeiro álbum de uma banda e ter expetativa para saber o que vêm aí no
segundo. O Favorite Worst Nightmares, porém, é considerado por um largo grupo
de pessoas como um dos melhores segundos álbuns de sempre, não é para menos, é
um álbum de grande qualidade com grandes momentos e enormes clássicos da banda
como “505”, “Brianstorm” e “Fluorescent Adolescent”.
Neste momento começa a fazer pouco sentido dizer que uma faixa é um
momento mau, será talvez um momento menos bom, e aqui esse momento chega talvez
através das faixas como “D is for Dangerous” e “The Bad Thing” que talvez
estejam um patamar abaixo do resto do álbum.
O inicio deste álbum é forte com o grande clássico, e presença
obrigatória nas apresentações ao vivo da banda até este dia, “Brianstorm”, a
marcar o ritmo para o álbum, “Teddy Picker” aparece em segundo lugar sendo
também este um single muito querido entre os fãs da banda, especialmente os
mais saudosos. Numa fase mais calma do álbum aparecem faixas como “Fluorescent
Adolescent” um dos muitos hinos da banda de Shefield e “Only Ones Who Know” que
talvez seja, a par de “Cornerstone” a melhor balada da musica, com o lap steel
a parecer marcar presença. Destaque também para a excelente “Do Me a Favour”
com o seu marcante verso “Perhaps 'fuck off'
might be too kind”, a eletrificante “This House is a Circus”, “Old
Yellow Bricks” e o clássico “505” que é sem sombra para duvidas uma das
melhores faixas da banda.
Em resumo um grande álbum de indie-rock, sendo que entre este
álbum e o que se segue na lista a decisão de qual por em 3º lugar e qual por em
4º lugar é extremamente apertada.
Melhores
Faixas: “Only Ones Who Know” “Do Me A Favour” “505”
Momento
Menos Bom: “The Bad Thing”
3º Whatever People Say That I am It’s What I am Not
Estávamos em 2010 quando um amigo me envia uma faixa chamada “Fake
Tales Of San Francisco” de uma banda que eu desconhecia, Arctic Monkeys,
começou aí uma relação de amor com esta banda, e em particular com o
indie-rock, que se iria prolongar 2/3 anos de maneira particularmente
interrupta.
Ora Whatever People Say That I am It’s What I am Not, um dos
grandes clássicos do Indie-Rock, e um dos grandes álbuns da década de 00, um
verdadeiro clássico cheio de grandes rifalhadas, sem grandes pausas quase sempre
altamente energético e com alguns dos grandes clássicos do Rock em geral dos últimos
30 anos, como “The View From The Afternoon”, “I Bet You Look Good on The Dancefloor”
e “Mardy Bum”.
O álbum começa com um desfile de clássicos, uma “The View From The
Afternoon” capaz de deixar já qualquer um sem folgo, seguida da intemporal “I
Bet You Look Good on The Dancefloor” e uma das minhas preferidas da banda “Fake
Tales Of San Francisco” com a sua estrutura sempre em crescendo e riff catchy. O meio do álbum talvez seja
mesmo o seu ponto fraco, depois de um clássico como “Dancing Shoes” (“Get on your dancing shoes/ You sexy little swine”) temos algumas faixas
que não estão no mesmo patamar nomeadamente “You Probably Couldn't See For The Lights
But You Were Staring Straight At Me”, “Riot Van” e “Red Light Indicates Doors
Are Secure”, que apesar de serem boas faixas não estão no mesmo patamar que alguns
dos clássicos. “Riot Van” aprece um pouco para cortar o elevado ritmo do álbum
e dar um espaço para o ouvinte respirar, porém, ao ouvir este álbum é a única faixa
que por vezes tenho vontade de dar skip.
O final do álbum é outra vez bastante forte, “Mardy Bum” é um enorme
clássico, tal como “When The Sun Goes Down” e, claro, “A Certain Romance”,
porém além destas faixas destaco também uma faixa que para mim é bastante
subvalorizada em relação ao resto do álbum “Pheraps Vampires is a Bit Strong But…”,
uma das minhas favoritas do álbum.
Em resumo um clássico, não só da musica feita nos 00’s, não só do
Indie-Rock, mas do Rock em geral, mas será que tem a ambição dos álbuns que
faltam referir da discografia da banda?
Melhores
Faixas: “The View From The Afternoon” “Fake Tales Of San Francisco” “A
Certain Romance”
Momento
Menos Bom: “Riot Van”
2º Tranquility Base Hotel + Casino
Depois de um AM que desilude uma boa parte dos fãs da banda,
muitos, onde eu me incluo, tinham poucas ou nenhumas esperanças para o sexto
álbum da banda, esperava-se um rumo ainda mais virado para uma vertente de Rock
Genérico ou Pop-Rock. Obviamente fiquei imensamente surpreendido a primeira vez
que ouvi este trabalho.
Ambicioso, cuidado, requintado, corajoso, são alguns adjetivos que
me ocorrem de momento para descrever este álbum. Ok, pode soar a um álbum a
solo de Alex Turner, por vezes pode soar mesmo a Last Shadow Puppets (“She
Looks Like Fun” parece inclusive uma repetição da faixa do trabalho mais
recente dos Last Shadow Puppets “She Does The Woods”), porém a verdade é que
este é um dos álbuns mais corajosos da banda. As guitarras deixam a ribalta e
dão lugar a um piano de Alex Turner a bass lines incríveis ao longo de todo o
álbum (ver “Tranqulity Base Hotel + Casino” por exemplo) e a sintetizadores.
É preciso de facto coragem para fazer uma curva tão acentuada na
sonoridade depois de um álbum que foi um sucesso comercial enorme como foi o AM.
Faixas como “American Sports”, “Science Fiction” e “Batphone” estão entre as
melhores que a banda alguma vez fez, e em pouco fazem recordar o trabalho anterior
da banda.
O álbum começa com a seguinte linha, “I just wanted to be one of The Strokes”, relembrando os primeiros
álbuns de Arctic Monkeys com o seu indie-rock inspirado de facto nos The
Strokes, e onde nesses tempos chegaram mesmo a fazer um cover de “Take It Or
Leave IT”, porém esses tempos fazem parte do passado, este álbum é diferente, é
mais maduro. As primeiras duas faixas são bastante low key, quase lo-fi, instrumentais simples, com o piano a cabeça,
por onde Alex Turner deambula em versos referentes a sua vida recente, uso de
drogas, falta de confiança, entre outros (“I'm a big name in deep space/Ask your mates but golden boy's in bad shape” “Maybe
I was a little too wild in the 70s”). Após “One Point Perspective”
existe uma transição impecável para talvez o ponto alto do álbum “American
Sports”, onde me pouco mais de 2 minutos e meio somos levados numa viagem
sonora que acaba com um solo de guitarra pequeno, mas incrivelmente
satisfatório, logo de seguido saltamos para a tittle track, uma das melhores faixas do álbum também com o seu som
requintado onde brilha o baixo de Nick O’Malley e os sintetizadores. Depois de “Golden
Trunks” chega um dos melhores singles da carreira dos Arctic Monkeys, “For Out
Of Five”, com o seu enorme refrão e baixo, caso para dizer que é mais do que
quatro estrelas em cinco, é mesmo cinco estrelas. “The World’s First Ever
Monster Truck Front Flip” é uma faixa calma, a fazer lembrar The Last Shadow
Puppets no melhor sentido possível, “Science Fiction”, é também um dos momentos
mais interessantes do álbum com uma luxuosa dinâmica entre guitarra e
sintetizadores a criar uma atmosfera incrível ao longo de toda a faixa. Já “She
Looks Like Fun” faz lembrar um pouco demasiado a faixa “She Does The Woods” do trabalho
mais recente de The Last Shadow Puppets, podendo ser visto como uma reciclagem
da mesma. “Batphone” é também um dos momentos mais interessantes do álbum onde os
vocais de Alex Turner ganham imenso destaque numa excelente performance. O
álbum acaba então com “The Ultracheese” uma balada ao piano.
Em resumo, um trabalho de coragem dos Arctic Monkeys, ambicioso e
inesperado, um dos momentos mais interessantes da discografia da banda e provavelmente
um dos melhores trabalhos lançados em 2018.
Melhores
Faixas: “American Sports” “Four Out Of Five” “Batphone”
Momento
Menos Bom: “She Looks Like Fun”
1º Humbug
Alex Turner é um confesso fã de Nick Cave e pode sentir-se isso
mesmo neste trabalho. Produzido por Josh Homme dos Queens Of The Stone Age este
álbum foi a primeira vez que a banda fugiu da sonoridade típica do indie-rock
para entregar um dos álbuns mais interessantes da década passada e um dos meus
favoritos de todos os tempos.
Humbug é talvez um dos álbuns que mais divide opiniões na
discografia dos Arctic Monkeys, nesse aspeto o mais recente trabalho, “Tranquility
Base Hotel + Casino”, faz lembrar este álbum de 2009, uma mudança de sonoridade
que a maioria não esperava, recebida com duvidas tanto pela critica como por
alguns dos fãs. Muitos consideram este o melhor álbum da discografia dos Arctic
Monkeys e muitos outros o consideram o pior, poucos diriam que este é álbum é o
segundo ou terceiro melhor da banda. Mas o que torna este álbum então tão
diferente do resto?
Eu diria que a sonoridade, mais dark, mais madura, menos
indie-rock e mais rock-alternativo seja talvez a principal culpada. A própria lírica
aqui aborda temas mais profundos do que os dois álbuns anteriores, sendo, na minha
opinião, em termos líricos um dos melhores trabalhos de Alex Turner, “The
Jeweller’s Hands” é um excelente exemplo disso mesmo.
Relativamente ao álbum este começa com “My Propeller”, uma faixa
que indica claramente ao que veio o álbum, uma sonoridade sombria, guiada pelas
guitarras e pelos vocais de Turner. A segunda faixa, e o single mais
reconhecido e mais orelhudo do álbum, é a excelente “Crying Lightning” que nos
recebe com o seu baixo e que nos conduz até ao primeiro pré-referão, a partir
daí a faixa aumenta de grandeza, com mais destaque para as guitarras e para os
vocais de Turner que nos leva mais uma vez ao excelente refrão da musica e por
sua vez ao pequeno mas grande solo antes de uma ultima explosão, “I hate that little
game you’ve called”… Segue-se talvez as duas faixas menos boas do álbum Dangerous
Animals, e “Potion Approaching” divididas pela excelente “Secret Door” uma das
melhores faixas da discografia dos Arctic Monkeys, faixa essa que pode
basicamente ser divida em duas partes. “Fire and the Thud”, mais uma faixa de
sonoridade sombria conta com a participação de Alison Mosshart dos The Kills e dos Dead Weather, e trata-se de um
crescimento constante até um final onde as guitarras destorcidas dão um certo
tom de desespero e raiva à música. A balada do álbum e talvez a balada da
banda, “Cornerstone” chega em seguida, uma das melhores letras de Alex Turner,
um órgão, um baixo apurado, uma excelente performance de Turner e um videoclipe
lendário culminam numa faixa verdadeiramente marcante para a discografia da
banda.
Entramos agora, na que é para mim, a melhor fase do álbum, as ultimas
3 faixas, talvez as mais sombrias do álbum e na minha opinião as mais
interessantes, “Dance Little Liar” é talvez a minha faixa favorita dos Arctic
Monkeys, o órgão sempre presente dando uma sonoridade tensa a esta faixa, para
qual a guitarra e o seu tom contribuem, Matt Helders também se faz sentir na
bateria, mas o que realmente marca esta faixa é a transição que ocorre por volta
dos 2:50, carregada de sentimento e impacto, a musica transforma-se
completamente num belíssimo desfilar de guitarras e sons, que acabam por
contrastar com a voz de Turner no fim da faixa resultando numa autentica
masterpiece. Curiosamente, no álbum de 2013 dos Queens of The Stone Age a faixa
“Vampyre Of Time And Memories” faz-me lembrar imenso esta faixa de Arctic
Monkeys, não sendo talvez coincidência que Josh Homme tenha estando envolvido
em ambas as faixas. “Pretty Visitors” é a faixa mais pesada da discografia de
Arcitc Monkeys, com uma bateria incrível, um órgão ameaçador, o lendário verso “What came first the chicken or the dickhead? “,
e uma progressão impecável trata-se de um dos momentos mais interessantes na
discografia dos Arctic Monkeys. Por ultimo “The Jeweller’s Hands” é uma
finalização ideal para este álbum, uma descida até um abismo e uma viagem pela
mente de Turner, onde este nos fala de uma lição a aprender com erros cometidos
que descreve anteriormente na musica, uma maneira incrível de acabar um álbum incrível.
“And now it's no ones fault but
yours
At the foot of the house of cards
You thought you'd never get obsessed
You thought the wolves would be impressed
And you're a sinking stone
But you know what it's like to hold the jeweler's hand
That procession of pioneers all drowned”
At the foot of the house of cards
You thought you'd never get obsessed
You thought the wolves would be impressed
And you're a sinking stone
But you know what it's like to hold the jeweler's hand
That procession of pioneers all drowned”
Nota também para o cover do clássico de Nick Cave “Red Right Hand”
que infelizmente não está presente na versão europeia do álbum, apenas na
versão japonesa.
Em resumo, não será um álbum para o gosto de todos, mas é um álbum
incrível, ambicioso, e marcante para a carreira dos Arctic Monkeys, passa a sua
afirmação não só como uma banda de indie-rock, mas como uma banda capaz de expandir
a sua influência por várias áreas do Rock e da música alternativa em geral. Na
minha opinião o melhor da discografia da banda.
Melhores
Faixas: “Crying Lightning” “Dance Little Liar” “Pretty Visitors”
Momento
Menos Bom: “Dangerous Animals”