sábado, 26 de dezembro de 2015

Top 10 Álbuns 2015 - Nº7

NOTA: Estas escolhas são apenas baseadas nas minhas opiniões pessoais e nada mais, se têm uma opinião diferente é favor expor de maneira civilizada. Obrigado! 



  7 – Wolf Alice – My Love is Cool


Banda -Wolf Alice
Nome - My Love is Cool
Data de lançamento - 22/06/2015
Gênero - Indie/Alternative Rock / Post-Grunge 
Duração - 48:52



Depois de ter dado de caras com os Wolf Alice no início do ano, esperava com alguma antecipação este álbum.  Os EP’s prometiam muito, musicas como a recém nomeada para um Grammy “Moaning Lisa Smile” com a sua sonoridade mais Grunge e “Blush”, uma musica mais indie-rock, era indicativos muito positivos para esta banda e para um género em decadência nos últimos anos, o Indie-Rock. Sim, não têm sido anos fáceis para o Indie-Rock, lendas do género como os Kaiser Chiefs e os Franz Ferdinand têm saído dos holofotes, pilares como os The Strokes estão praticamente parados, os Arctic Monkeys já desde o Humbug que se desviam do género e por ultimo bandas como os Two Door Cinema Club e os The Vacines acabaram por virar grandes flops. É aqui que aparecem os Wolf Alice, num género que precisava de um álbum como este, e de uma banda como esta, que trouxesse algo de fresco ao género, como de pão para a boca.
Os britânicos lançaram assim o seu álbum de estreia este ano com Ellie Rowsell como vocalista e guitarrista, Joff Oddie na guitarra, Theo Ellis no baixo e Joel Amey na bateria. “My Love Is Cool” aparece um álbum mais indie e menos Grunge do que eu esperava, mesmo assim fez um excelente trabalho a cumprir as minhas expectativas relativamente à banda e o suficiente para entrar no meu top10 num ano tão concorrido como este 2015.
O álbum abre com “Turn To Dust”, num ritmo calmo com destaca para a voz de Ellie Rowsell, com um efeito de eco na voz, uma entrada que eu não esperaria para um álbum desta banda tendo em conta os EP’s mas que resulta perfeitamente, e acaba por ser uma excelente forma de abrir o álbum, fugindo ao habitual single logo no início. Segue-se “Bros” um single já conhecido antes do lançamento do álbum, uma faixa mais dentro da vertente indie-rock, e muito bem colocada a seguir a “Turn To Dust”, vale a pena escutar:



A terceira faixa é “Your Loves Whore” onde as guitarras começam a fazer-se ouvir, para se fazerem ouvir definitivamente em “You’re A Germ” uma faixa digna de single, e que recebeu mesmo tal honra, é uma faixa energética e o primeiro momento em que vemos a vocalista Ellie Rowsell a sair do registo mais tipicamente indie: 



Depois temos “Lisbon”, não sei se dedicada à capital portuguesa, mas é uma faixa bastante agradável dentro do registo indie. “Silk” é uma balada, bem ao estilo da música que abre este álbum. O próximo ponto de destaca é “Giant Peach” outra música que já tinha sido lançada antes do álbum, esta num registo mais progressivo, mas que apresenta sem dúvida um dos pontos altos do álbum como uma progressão ao longo da música particularmente interessante, mais uma das que vale a pena ouvir com atenção: 



Em Swallowtail, mais uma vez neste top10, temos uma música em que o vocalista muda e passa a ser Theo Ellis, é uma faixa interessante e serve para incluir alguma variedade ao longo do álbum, será que foi uma das modas este ano?
Por fim a acabar o álbum, e de que maneira, temos a “Fluffy” que é tudo menos o que o nome indica, é uma música expulsiva uma rockalhada a sério pronta para receber mosh pits durante as atuações ao vivo. Nota ainda para uma hidden track, começam a ser raras hoje em dia:
 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

TOP 10 álbuns 2015 - Nº8

NOTA: Estas escolhas são apenas baseadas nas minhas opiniões pessoais e nada mais, se têm uma opinião diferente é favor expor de maneira civilizada. Obrigado! 



  8 – The Dead Weather – Dodge And Burn



Banda - The Dead Weather
Nome -Dodge And Burn
Data de lançamento - 25/09/2015
Gênero -Alternative Rock
Duração - 42:44



Um dos álbuns que mais "hype" me criou este ano e que esperei com mais ansiedade, este Dodge And Burn,  terceiro álbum de estúdio de uma das minhas bandas favoritas, os Dead Weather, não superou as expectativas, mas cumpriu. 
Os The Dead Weather são um supergrupo (ou seja, banda composta por membros de bandas já com nome feito), neste caso por Jack White na bateria e vocais (White Strips/The Raconteurs/Solo), Alison Mosshart na guitarra e vocais (The Kills/solo), Deand Freita na lead guitar e nas teclas (Queens Of The Stone Age) e Jack Lawrence no baixo (The Raconteurs). Já contavam com 2 álbuns, e que álbuns, o primeiro deles "Horehound" que conta com autênticos hinos ao rock alternativo como "Treat Me Like Your Mother" e "Cut Like a Buffalo", já o segundo álbum "Sea Of Cowards" que saiu apenas um ano depois do primeiro trabalho conta com temas como "Die By The Drop". O som da banda é perfeitamente descrito como um rock alternativo bastante cru e com um feeling algo heavy e diria até dark("Cut Like a Buffalo" é um bom exemplo), embora por vezes toque no Blues Rock em temas como "Will There Be Enough Water". 

É aqui que aparece este Dodge And Burn, um álbum, que como já disse em cima, cumpriu as expectativas porem, não as excedeu. Tendo em conta a constituição da banda, e que se trata de um projeto do Jack White, era particularmente impossível que o resultado não fosse no mínimo muito competente, e foi isso que recebemos, um álbum arrojado, experimental e extremamente interessante. 
Logo a abrir uma faixa típica da banda, um riff simples mas forte e a potente voz da Alison Mosshart a contar-nos sobre como só se sente amada a cada 1 milhão de milhas, uma música forte, com cheiro a borracha e gasolina queimada e um excelente opener e lead single para este álbum, estou a falar de "I Feel Love (Every Million Miles": 



Segue-se uma musica que já era conhecida antes deste álbum sair, "Buzzkill(er)", não é das mais potentes, mas é das mais eficazes, mesmo assim os riffs típicos da banda estão presentes e são suficientes para colocar esta musica aos altos berros nas colunas e causar estragos. A terceira faixa "Let Me Trough" não é das mais fortes do álbum, e acaba por passar despercebida entre as duas excelentes músicas.
 É então aqui que entra para mim a melhor música do álbum, estou a falar da "Three Dollar Hat", uma sonoridade super experimental, quase esquizofrénica, com white a cantar por cima de umas teclas quase aleatórias, criando um ambiente quase macabro. Passada esta fase entra de repente um potente riff de guitarra, aliado a uma excelente bateria, passando os vocais a estar a cargo da Alison Mosshart, que se faz introduzir com um grito. Tudo isto para voltarmos a casa de partida com Jack White nos vocais e o mesmo tom sombrio. O melhor é mesmo ouvir: 



A melhor fase do álbum continua com uma brilhante "Lose The Rigth" com uma sonoridade mais Blues Rock esta música vai crescendo até chegar a uma fase mais violenta sendo que no final voltamos, como na faixa anterior a casa de partida, mas não sem antes Dean Freita dar argumentos na lead guitar. A seguir vem outra faixa já nossa conhecida "Rough Detective", mais uma vez numa onda Blues Rock, muito eficaz não matando o ritmo, alias, apenas contribuindo para a o crescendo de qualidade do que estamos a assistir. 
 Mas é em "Open Up" que vamos ter o culminar no que toca a riffs potentes e "rocklhada", com um riff bem violento e uma sonoridade bem pesada esta é daquelas rockalhadas que deve ser ouvida com o som no máximo, o mais próximo de uma "Treat Me Like Your Mother" que nos é apresentado neste álbum: 



"Be Still" é a música que se segue, num ritmo mais lento e calmo com uns excelentes vocais de Alison Mosshart esta musica acaba por ser um ponto mais calmo quando comparada com a faixa anterior, porém, os vocais continuam bem potentes e a junção de teclas e guitarra está extremamente bem conseguida. "Cop And Go" é outro momento alto, as teclas dão um certa tensão a esta música, que encaixa perfeitamente com a guitarra de Dean Freita e com a voz de Alison Mosshart, a música acabara por culminar num belo solo. "Too Bad" é outra excelente faixa  e sinceramente não me importava que o álbum termina-se aqui, até porque não sou grande fã da ultima faixa "Impossible Winner", não porque seja uma má faixa, antes pelo contrário, mas pelo simples motivo de que me parece demasiado fora do contexto do álbum, com as suas cordas e piano límpido, isto dentro de um álbum extremamente cru, de uma das bandas mais dark e mais cruas da cena do rock alternativo. 

Resumindo, um trabalho sólido dos Dead Weather, que mantêm-se assim e reforçam a posição de uma das bandas mais interessantes do contexto do rock alternativo atual. Apesar de tudo fica a ideia de que poderá sair daqui algo maior e melhor. Já agora de preferência com uma world tour a acompanhar o álbum.