7 – Wolf Alice – My Love is Cool
Banda -Wolf Alice
Nome - My Love is Cool
Data de lançamento - 22/06/2015
Gênero - Indie/Alternative Rock / Post-Grunge
Duração - 48:52
Depois de ter dado de caras com os Wolf Alice no início do
ano, esperava com alguma antecipação este álbum. Os EP’s prometiam muito, musicas como a recém
nomeada para um Grammy “Moaning Lisa Smile” com a sua sonoridade mais Grunge e “Blush”,
uma musica mais indie-rock, era indicativos muito positivos para esta banda e
para um género em decadência nos últimos anos, o Indie-Rock. Sim, não têm sido
anos fáceis para o Indie-Rock, lendas do género como os Kaiser Chiefs e os
Franz Ferdinand têm saído dos holofotes, pilares como os The Strokes estão
praticamente parados, os Arctic Monkeys já desde o Humbug que se desviam do
género e por ultimo bandas como os Two Door Cinema Club e os The Vacines
acabaram por virar grandes flops. É aqui que aparecem os Wolf Alice, num género
que precisava de um álbum como este, e de uma banda como esta, que trouxesse
algo de fresco ao género, como de pão para a boca.
Os britânicos lançaram assim o seu álbum de estreia este ano
com Ellie Rowsell como vocalista e guitarrista, Joff Oddie na guitarra, Theo
Ellis no baixo e Joel Amey na bateria. “My Love Is Cool” aparece um álbum mais
indie e menos Grunge do que eu esperava, mesmo assim fez um excelente trabalho
a cumprir as minhas expectativas relativamente à banda e o suficiente para
entrar no meu top10 num ano tão concorrido como este 2015.
O álbum abre com “Turn To Dust”, num ritmo calmo com destaca
para a voz de Ellie Rowsell, com um efeito de eco na voz, uma entrada que eu
não esperaria para um álbum desta banda tendo em conta os EP’s mas que resulta
perfeitamente, e acaba por ser uma excelente forma de abrir o álbum, fugindo ao
habitual single logo no início. Segue-se “Bros” um single já conhecido antes do
lançamento do álbum, uma faixa mais dentro da vertente indie-rock, e muito bem
colocada a seguir a “Turn To Dust”, vale a pena escutar:
A terceira faixa é “Your Loves Whore” onde as guitarras
começam a fazer-se ouvir, para se fazerem ouvir definitivamente em “You’re A
Germ” uma faixa digna de single, e que recebeu mesmo tal honra, é uma faixa
energética e o primeiro momento em que vemos a vocalista Ellie Rowsell a sair
do registo mais tipicamente indie:
Depois temos “Lisbon”, não sei se dedicada à capital
portuguesa, mas é uma faixa bastante agradável dentro do registo indie. “Silk”
é uma balada, bem ao estilo da música que abre este álbum. O próximo ponto de
destaca é “Giant Peach” outra música que já tinha sido lançada antes do álbum,
esta num registo mais progressivo, mas que apresenta sem dúvida um dos pontos
altos do álbum como uma progressão ao longo da música particularmente interessante,
mais uma das que vale a pena ouvir com atenção:
Em Swallowtail, mais uma vez neste top10, temos uma música
em que o vocalista muda e passa a ser Theo Ellis, é uma faixa interessante e
serve para incluir alguma variedade ao longo do álbum, será que foi uma das
modas este ano?
Por fim a acabar o álbum, e de que maneira, temos a “Fluffy”
que é tudo menos o que o nome indica, é uma música expulsiva uma rockalhada a
sério pronta para receber mosh pits durante as atuações ao vivo. Nota ainda
para uma hidden track, começam a ser raras hoje em dia: