8 – The Dead Weather – Dodge And Burn
Banda - The Dead Weather
Nome -Dodge And Burn
Data de lançamento - 25/09/2015
Gênero -Alternative Rock
Um dos álbuns
que mais "hype" me criou este ano e que esperei com mais ansiedade,
este Dodge And Burn, terceiro álbum de estúdio de uma das minhas bandas
favoritas, os Dead Weather, não superou as expectativas, mas cumpriu.
Os The Dead
Weather são um supergrupo (ou seja, banda composta por membros de bandas já com
nome feito), neste caso por Jack White na bateria e vocais (White Strips/The
Raconteurs/Solo), Alison Mosshart na guitarra e vocais (The Kills/solo), Deand
Freita na lead guitar e nas teclas (Queens Of The Stone Age) e Jack Lawrence no
baixo (The Raconteurs). Já contavam com 2 álbuns, e que álbuns, o primeiro
deles "Horehound" que conta com autênticos hinos ao rock alternativo
como "Treat Me Like Your Mother" e "Cut Like a Buffalo", já
o segundo álbum "Sea Of Cowards" que saiu apenas um ano depois do
primeiro trabalho conta com temas como "Die By The Drop". O som da
banda é perfeitamente descrito como um rock alternativo bastante cru e com um
feeling algo heavy e diria até dark("Cut Like a Buffalo" é um bom exemplo),
embora por vezes toque no Blues Rock em temas como "Will There Be Enough
Water".
É aqui que
aparece este Dodge And Burn, um álbum, que como já disse em cima, cumpriu as
expectativas porem, não as excedeu. Tendo em conta a constituição da banda, e
que se trata de um projeto do Jack White, era particularmente impossível que o
resultado não fosse no mínimo muito competente, e foi isso que recebemos, um
álbum arrojado, experimental e extremamente interessante.
Logo a abrir
uma faixa típica da banda, um riff simples mas forte e a potente voz da Alison
Mosshart a contar-nos sobre como só se sente amada a cada 1 milhão de milhas,
uma música forte, com cheiro a borracha e gasolina queimada e um excelente
opener e lead single para este álbum, estou a falar de "I Feel Love (Every
Million Miles":
Segue-se uma
musica que já era conhecida antes deste álbum sair, "Buzzkill(er)",
não é das mais potentes, mas é das mais eficazes, mesmo assim os riffs típicos
da banda estão presentes e são suficientes para colocar esta musica aos altos
berros nas colunas e causar estragos. A terceira faixa "Let Me
Trough" não é das mais fortes do álbum, e acaba por passar despercebida
entre as duas excelentes músicas.
É
então aqui que entra para mim a melhor música do álbum, estou a falar da
"Three Dollar Hat", uma sonoridade super experimental, quase
esquizofrénica, com white a cantar por cima de umas teclas quase aleatórias,
criando um ambiente quase macabro. Passada esta fase entra de repente um
potente riff de guitarra, aliado a uma excelente bateria, passando os vocais a
estar a cargo da Alison Mosshart, que se faz introduzir com um grito. Tudo isto
para voltarmos a casa de partida com Jack White nos vocais e o mesmo tom
sombrio. O melhor é mesmo ouvir:
A melhor
fase do álbum continua com uma brilhante "Lose The Rigth" com uma
sonoridade mais Blues Rock esta música vai crescendo até chegar a uma fase mais
violenta sendo que no final voltamos, como na faixa anterior a casa de partida,
mas não sem antes Dean Freita dar argumentos na lead guitar. A seguir vem outra
faixa já nossa conhecida "Rough Detective", mais uma vez numa onda
Blues Rock, muito eficaz não matando o ritmo, alias, apenas contribuindo para a
o crescendo de qualidade do que estamos a assistir.
Mas é
em "Open Up" que vamos ter o culminar no que toca a riffs potentes e
"rocklhada", com um riff bem violento e uma sonoridade bem pesada
esta é daquelas rockalhadas que deve ser ouvida com o som no máximo, o mais
próximo de uma "Treat Me Like Your Mother" que nos é apresentado
neste álbum:
"Be
Still" é a música que se segue, num ritmo mais lento e calmo com uns
excelentes vocais de Alison Mosshart esta musica acaba por ser um ponto mais
calmo quando comparada com a faixa anterior, porém, os vocais continuam bem
potentes e a junção de teclas e guitarra está extremamente bem conseguida.
"Cop And Go" é outro momento alto, as teclas dão um certa tensão a
esta música, que encaixa perfeitamente com a guitarra de Dean Freita e com a
voz de Alison Mosshart, a música acabara por culminar num belo solo. "Too
Bad" é outra excelente faixa e sinceramente não me importava que o
álbum termina-se aqui, até porque não sou grande fã da ultima faixa
"Impossible Winner", não porque seja uma má faixa, antes pelo
contrário, mas pelo simples motivo de que me parece demasiado fora do contexto
do álbum, com as suas cordas e piano límpido, isto dentro de um álbum
extremamente cru, de uma das bandas mais dark e mais cruas da cena do rock
alternativo.
Resumindo,
um trabalho sólido dos Dead Weather, que mantêm-se assim e reforçam a posição
de uma das bandas mais interessantes do contexto do rock alternativo atual.
Apesar de tudo fica a ideia de que poderá sair daqui algo maior e melhor. Já
agora de preferência com uma world tour a acompanhar o álbum.
Sem comentários:
Enviar um comentário